quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Uma Carta de Amor

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Caneta x Computador


Minha querida caneta. Escrevo-lhes estas poucas e mal traçadas linhas, para dizer-lhe que já não se o que fica escrito no papel está dentro de você ou dentro de algum coração.

A cruel mão que lhe espreme, ferindo-te, faz com que irrigues com teu sangue azul o imaculado e branco papel.

Deixando impresso; pensamentos, frases, poesias, artisticamente desenhas formas novas e belas como desenho sobre a tela, deixando atônito quem te as vê, ou melhor, as lê.

Nós nos uniremos na luta contra o computador, pois ele assinou nosso divórcio e separação, tirou de mim a vossa compaixão, ele não quer a nossa união.

Meus dedos apertam teclas e sofridamente fere vosso coração que não sentes o calor da minha mão.

Segue a você inesquecível caneta, uma declaração de amor deste que te aperta e te espreme sim você que caladamente geme.

Jaz sobre a mesa do escritor, formosa caneta de cor. Vencida foi pelo computador, morta em campo de batalha, desigualdade total.

Orgulhosamente em meu bolso ostento minha verdadeira paixão por ti, trago-a como estandarte e hoje te possuo te aperto e com teu nobre sangue azul, marco o papel, com tinta extraída do meu coração.

Eu te amo minha inesquecível Bic.



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Música: “Dança alegre”.